Vasculhando as minhas coisas achei uma anotação que fiz em uma aula da faculdade, acho que vale a pena postar; melhor do que ficar amarelando na folha do caderno.
ADOLPHE APPIA (1862-1928)
O encenador é um pintor que usa uma paleta viva.
A grande contribuição de Appia para o teatro foi o seu empenho em substituir a imitação (cenário realista) pela sugestão (simbologia), ele reforma o espaço cênico criando cenários monumentais e estilizados. Recebeu influência dos cubistas e expressionistas adotando formas mais ousadas e simbólicas para criar a atmosfera da peça.
Constatou que a cenografia deve ser um sistema de formas e de volumes reais que imponha ao ator a necessidade de achar soluções plásticas expressivas, utilizando obstáculos, escadas e praticáveis.
A luz deixa de ser apenas um instrumento funcional para assegurar a visibilidade do espaço cênico e passa a ter a função de esculpir e modular as formas e os volumes do palco, explorando sombras (mais ou menos espessas e difusas) e reflexos.
A luz é um dos principais elementos da cenografia. Até o século XVI, as encenações teatrais se faziam principalmente ao ar livre. Com o Renascimento, o espetáculo foi transferido para espaços fechados e exigiu a utilização de tochas e velas.
Appia formulou no inicio do sec. XX uma teoria de iluminação que vigora até hoje. As cores do cenário devem ser pobres, pois sua função não é decorativa; o colorido é proporcionado basicamente pela luz.
Adolphe Appia: Luz do Luar, da série de cenários Espaços Rítmicos.
Foto retirada do livro HISTÓRIA MUNDIAL DO TEATRO - Margot Berthold. Editora Perspectiva
Adolphe Appia: Luz do Luar, da série de cenários Espaços Rítmicos.
Foto retirada do livro HISTÓRIA MUNDIAL DO TEATRO - Margot Berthold. Editora Perspectiva
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